Pesquisar no blog

domingo, 6 de julho de 2008

Sustentabilidade 2

"Desperdício ameaça abastecimento de água

Na Grande São Paulo, o volume das represas já não é suficiente para abastecer os 19 milhões de consumidores. A solução é importar água.

A fachada comum de um edifício esconde uma rede de tubulações inteligente. A água do chuveiro que escoa pelo ralo é tratada em um reservatório e usada na descarga dos apartamentos. A água da chuva, acumulada, serve para regar o jardim. Assim, um condomínio em São Paulo economiza até 14 mil litros de água por dia e enxuga os gastos. “É uma economia em torno de 20% no valor total para o morador”, afirma o engenheiro Marcos Vernalha, responsável pelo projeto.

O prédio é uma exceção em um país rico em recursos hídricos e carente de consciência ambiental. Há o desperdício visível e o invisível: em média, no Brasil, 40% da água se perdem nos vazamentos das redes de distribuição.

Na Região Metropolitana de São Paulo, onde todas as fontes de água já são exploradas, 47% do que os moradores consomem vêm de fora. A água percorre até 90 quilômetros para chegar a uma estação de tratamento na capital. Os técnicos alertam: se o consumo continuar crescendo, será preciso buscar água cada vez mais longe. “Vai precisar de mais equipamentos, de mais energia e de mais gente, Então, o custo passa a ser maior também”, explica o superintendente de Produção de Água da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São paulo (Sabesp), Hélio Luiz Castro.

Hoje, o sistema já é complexo: a água captada em Minas Gerais atravessa cinco represas e sete túneis para ser distribuída na maior cidade do Brasil. Nos últimos dez anos, o consumo passou de 59 mil para 67 mil litros por segundo, e está bem perto do limite, que é de 70 mil litros por segundo.

Para ampliar a oferta de água nas grandes cidades, uma alternativa é aumentar o índice de tratamento de esgoto, que hoje é de 32% no Brasil. “Desta forma, você poluiria menos os rios e os mananciais. Então, teria mais água disponível, de qualidade, para poder ser distribuída para a população”, ressalta o professor de engenharia José Carlos Mierzwa, da Universidade de São Paulo (USP).

Mas nada é tão é eficiente para afastar o racionamento quanto multiplicar consumidores como Mário e Bruna, que aprenderam o valor de fechar a torneira. “A minha parte pode ser pouca, mas eu estou fazendo. Durmo à noite com a consciência mais tranqüila”, dá o exemplo Bruna" (Jornal Nacional edição 05/07/2008).

O uso da água ainda não pesa no bolso, assim como a energia elétrica. As medidas que ajudam a economizar água são desconhecidos e alguns deles caros. São algumas das desculpas e ou motivos que justificam o desperdício.

Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na cidade de Nova Lima, condomínios fechados crescem à rítmo acelerado e em quase todos eles o abastecimento da água é proveniente de poços artesianos.

Cadê os arquitetos urbanistas?

Precisamos de elevadores para veículos?

Nenhum comentário: