O professor Fernando Lara lança a seguinte provocação em seu blog parededemeia.blogspot.com: "o imperativo da sustentabilidade me parece ser a última chance de costurarmos pesquisa e projeto no ensino de arquitetura."
Compartilho com vocês a minha opinião:
Penso que o aluno e o professor de arquitetura e urbanismo devem ter o conceito de sustentabilidade claro na cabeça, pois ele é muito mais amplo que imaginamos.
O aluno deve, além disso, ter consciência de que a arquitetura não é eterna, que uma edificação não dura para sempre (Costumamos ter essa idéia romântica da arquitetura.). Em Belo Horizonte, por exemplo, quase não há construções da década de 1950, quisá de anos anteriores.
E por não durar para sempre, gera entulho. Portanto, o aluno de arquitetura e urbanismo deve aprender a projetar e a construir edificações aonde o entulho possa ser reciclado e saber reciclar materiais de uma demolição.
Deve, também, saber argumentar economicamente o uso desse entulho. Que além de ser benéfico para o meio ambiente, é benéfico para o bolso inclusive.
Só para ilustrar o que disse: li que para demolir um presídio nos EUA, a construtora economizou 26% para demolir e reduziu em 95% o lixo destinado ao aterro sanitário vendendo os materiais da demolição. O meio ambiente e o bolso agradecem (ver postagem "Arquitetura (Neo)-Orgânica e o que é arquitetura contemporânea" de julho de 2008).
Portanto, a sacada da sustentabilidade é reciclar e evitar o desperdício.
Realmente a pesquisa e o projeto serão fundamentais para a sustentabilidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário