“Outro motivo que deve nos encorajar a nos aplicarmos nos estudos é a utilidade que deles pode desfrutar a sociedade de que fazemos parte, pois podemos acrescentar novas comodidades às muitas de que desfrutamos.”(Montesquieu) - "A Terra vai recuperar o equilíbrio sozinha, mesmo que demore milhões de anos. O que está em risco realmente é a civilização."(Lovelock)
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quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Paradigmas ou paradoxos da educação (II)
Estamos discutindo na blogosfera o ensino de Arquitetura e Urbanismo.
Afinal de contas, para aprender teoria o aluno necessita saber projetar? A recíproca, a meu ver, é verdadeira?
Por óbvio deve-se saber teoria para projetar. Pois chegamos até aqui não foi na base da tentativa e erro somente. Houve muito estudo, muita pesquisa, muito diálogo.
Mas para saber teoria precisa saber projetar?
Talvez não. Mas se desvincular a teoria do projeto, as nossas faculdades, que andam com quorum sofrível, entrariam em colapso, pois não teriam fonte financiadora: a mensalidade dos alunos (a maioria das escolas são particulares).
Sim, porque quem gosta de teoria, ao entrar no curso de Arquitetura e Urbanismo, pode gostar de projetar. Mas essa pessoa, ao entrar em uma faculdade e saber que existem essas duas possibilidades - curso teórico de Arquitetura e Urbanismo e curso prático de Arquitetura e Urbanismo -, não pensaria duas vezes.
Ainda que no curso de Arquitetura e Urbanismo o aluno pudesse escolher, a profissão também estaria em risco. Se hoje que não há essa desvinculação nos currículos há muito arquiteto teórico (nada contra), o aluno podendo escolher antes de formar, de entrar no mercado, esse número aumentaria.
É uma discussão complexa, reconheço, mas falta discutí-la, pelo menos no Brasil.
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