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domingo, 20 de janeiro de 2013

Lado B - Lado A

Mino Carta deu uma entrevista interessante que você encontra aqui.

Concordo em parte com o que ele diz. Um dos pontos que discordo é quando ele fala: "No mundo todo, você vai encontrar posições diferentes entre os jornais. Cada jornal tem a sua postura, que se diferencia da do concorrente. No Brasil, não. Todos os jornais e revistas se juntam contra um inimigo comum. No caso, o PT. Eles não querem incentivar o debate". Penso que a Carta Capital faz o oposto, ou seja, enaltece o PT sem pudor.

Percebo que na política diuturna não existe ideologia marxista ou liberal: só a do poder. E, diante disso, nossa (de cidadãos) ideologia é fiscalizar, é exigir o cumprimento adequado das Leis e das promessas políticas. Não vejo diferenças substanciais entre governos de partidos diferentes e, em tese, antagônicos. A diferença é que a esquerda faz vista grossa às "pataquadas" dos governos de esquerda de maneira mais efusiva e explícita do que a direita.

Em suma, o que digo, é que a imprensa brasileira age da mesma forma. Ela pode até apoiar ou simpatizar por determinado partido, - e melhor ainda se for explícito - mas deve analisar os erros e equívocos sem contrapô-los à equívocos e erros de opositores, num intuito de comparar quem foi o menos ruim ou, pior, de justificar tais atos, de minimizá-los. Muitas vezes a análise de um fato é feita de tal maneira que acaba desviando o foco da notícia. E isso tem acontecido com frequência. Na imprensa de modo geral, principalmente quando se trata de escândalos envolvendo militantes do PT ou integrantes do governo.