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domingo, 15 de outubro de 2006

Na contramão

"A Centreal Artery, uma gigantesca malhas de viadutos inaugurada em 1959, que atravessava a cidade de Boston, nos Estados Unidos, deu lugar a um complexo subterrâneo com vários túneis superpostos, que recebeu o nome de Big Dig (buracão). Nos anos 80, época em que reinavam os viadutos, chegavam a passar por lá 200 mil carros por dia. Eles provocavam enormes congestionamentos, com reflexos em toda a cidade. Os prejuízos por conta de acidentes e horas perdidas no trânsito, dos altos índices de poluição e da degradação urbana eram calculados em U$ 500 milhões por ano. Depois que o buracão ficou pronto, os viadutos foram demolidos. No lugar deles, a prefeitura reurbanizou 1,2 milhões de metros quadrados e criou 45 parques e praças." Revista Época - 16/10/2006. Primeira foto (Central Artery) para pano de fundo: www.neite.org. Segunda foto (Big Dig) do site da prefeitura de Boston.
Túneis podem não ser a solução ideal para o transporte - aliás, têm-se discutido essa questão nos Estados Unidos como nesse espaço poderemos, em outra ocasião, discutirmos - mas para o meio ambiente urbano foi excelente.
E na contramão de tudo isso, teremos a "Linha Verde", como dito aqui, um complexo gigantesco de viadutos que melhorará o trânsito paliativamente, mas os efeitos climáticos do concreto serão imediatos. Sem falar a questão do pedestre. Ficamos com menos uma opção de meio de transporte.
E o metrô, depois de muito investimento, não foi concluído e, creio, nem será.
Por que andar na contramão?

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