Era como uma rosa solitária rodeada de branco,
como uma palmeira no céu azul,
um pássaro sobre o mar plainando.
Esborrachou-se na terra vermelha a flor,
se juntou a outras em harmonia a árvore,
mergulhou pelo peixe a ave.
Fundiram-se como se numa só imagem,
nisso sorriram as crianças.
Era um homem e sua sombra,
o ônibus em movimento,
a velhinha que sentada nada olhava,
o cachorro que perambulava por ali,
Quando deu-se o momento
e todos se foram.
Ficou a praça, o banco, o ponto de ônibus.
Foram-se os personagens. E o relógio completou outra hora.
Por Bernardo Furtado
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