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quarta-feira, 23 de julho de 2008

O que fazer com o entulho da construção civil?

Já abordei esse assunto de duas maneiras (ler postagens "Arquitetura (Neo)-Orgânica e o que é arquitetura contemporânea" e "Sustentabilidade e Ensino de Arquitetura e Urbanismo", ambas de Julho de 2008) ao dizer, em resumo, que o arquiteto urbanista deve saber projetar utilizando entulhos e projetar de forma que o possível entulho de sua construção seja aproveitado. E, para isso, utilizar argumentos ambientais e econômicos.

Para complementar o que disse, segue aí uma reportagem sobre o assunto. A reportagem diz, dentre outras coisas, que a iniciativa privada e o Poder Público criaram um site para vender, doar ou comprar entulho da construção civil. Além de mostrar iniciativas positivas da Prefeitura de Belo Horizonte nesse aspecto.

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Lixo da construção civil é matéria-prima para reciclagem
Viviane Possato - Globo Minas - MGTV


Vende-se entulho. Entulho, terra, areia. Num tipo de classificados da construção civil, que funciona pela internet, empresas envolvidas no negócio podem vender, trocar e até doar. E o que seria descartado no meio ambiente ganha uma nova utilidade.

É o início da construção. O antigo clube, em Nova Lima, vai dar lugar a um condomínio. Mas antes de levantar as casas vai ser preciso retirar um monte de terra o equivalente a três mil caminhões carregados.

E toda essa terra tem alguma utilidade pra você? A construtora quer doá-la. Quem se interessar só precisa pagar a conta do transporte. É mais um jeito que as empresas encontraram de economizar. Mas quem ganha mesmo é o meio ambiente.

- Você consegue fazer as vezes troca, às vezes vc comprar com um custo mais baixo ou até vender um resíduo que você não teria tendo lucro nenhum com ele, disse a coordenadora de qualidade Viviane Lima.

- A terra que é retirada de uma determinada obra pode ser encaminhada pra outra obra, você está trabalhando dentro do próprio ciclo produtivo, você está inibindo, por exemplo, encaminhar pro aterro sanitário, que na verdade a terra ocupa lugar no aterro, ocupa lugar que deveria ser destinado ao lixo domiciliar, contou Roberto Matozinhos, assessor técnico do Sinduscon.

A negociação é virtual. Na página, as empresas anunciam o que querem vender, comprar ou trocar. Duzentas construtoras já se cadastraram. As ofertas são de terra e entulho. Lixo pra uns, ,atéria-prima para outros.

- Se de repente ela faz um negócio com uma outra obra que está perto ali, que precisa de terra pro aterramento, nem o transporte ela vai pagar, ela pode não receber por essa terra, mas a outra empresa vai lá e busca, ela deixou de gastar com o transporte e com o valor do bota-fora, comentou o engenheiro e coordenador da Bolsa de Reciclagem Eduardo Martins da Costa.

Os restos da construção civil representam 40% do total de lixo produzido em Belo Horizonte, segundo a SLU. O que fazer com tanto resíduo? Essa também é uma preocupação do poder público.

A capital tem hoje três estações de reciclagem, que recebem, todos os dias, cerca de 530 toneladas de material. O que chega passa por uma triagem e, depois, é triturado. 90% se transformam numa mistura de areia e brita. Há também a produção de blocos. A maior parte do entulho reciclado é usada em obras públicas.

As estações de reciclagem de entulho de Belo Horizonte recebem apenas o chamado entulho limpo. São resíduos de construção e demolição, com no máximo 10% de mistura com outros materiais, como papel e madeira.

Outras informações pelo telefone (31) 3277-9388. Para saber mais, acesse http://residuosindustriais1.locaweb.com.br/.

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