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quarta-feira, 1 de julho de 2009

Lelé preside o recém-lançado Instituto Brasileiro de Tecnologia do Habitat

O arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé, é o presidente do recém-lançado Instituto Brasileiro de Tecnologia do Habitat (IBTH), com sede em Salvador. O instituto atua como uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) e pode trabalhar junto ao poder público. O primeiro projeto já está na prancheta: o Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região da Bahia. São 100 mil m2 de construção.

O Instituto deve atuar em várias áreas: pesquisa, projeto, fabricação e educação. "Queremos criar um centro de pesquisas, como é o CTRS (Centro de Tecnologia da Rede Sarah). Será uma fábrica, mas vamos atuar também no ensino. Já estudamos convênios com a UFBA (Universidade Federal da Bahia) e com a Escola da Cidade, em Salvador", explica Lelé. A ideia é trabalhar com as experiências anteriores, sempre voltadas ao interesse social, e com pesquisas já realizadas no CTRS, principalmente com pré-fabricados de argamassa armada. Com o fim das obras dos hospitais da rede Sarah, o CTRS passou a trabalhar em escala reduzida, apenas para a manutenção dos hospitais. "Ainda estou envolvido com eles, e sou consultado quando há necessidade. Mas o trabalho foi muito reduzido para a escala do que o CTRS pode fabricar", conta.

Fonte: PINIWEB

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Adorei a notícia.

Lelé trabalha em equipe e parte do pressuposto de que a arquitetura não é do arquiteto, não é do médico, não é de ninguém. Ela é para alguém. A arquitetura deve servir as necessidades do homem.

Para Lelé, a arquitetura é um processo que começa na discussão do programa e se estende na ocupação do edifício. Ou seja, nuca termina. Lelé, em entrevista à Revista Au de outubro de 2008 afirma que "o mais importante que eu acho que temos de fazer é investigar nossos erros. Investigar para corrigir. Se você não tiver um feedback, se não tiver a arquitetura como um processo, parece que você esqueceu uma coisa que foi feita lá e que não tem mais nada com isso. É como se você colocasse um filho no mundo e depois esquecesse que ele existe.

E um ser humano não faz assim. É preciso que a arquitetura seja encarada como um processo. Não como um episódio que envolve a criação no primeiro momento ou apenas a construção. Tem de ser integral."

Por isso e por outras características, a presidência do IBTH abriu outra oportunidade para que Lelé chacoalhe mais uma vez os paradigmas arquitetônicos.

Talvez isso reforce o telefonema que seu amigo Oscar recebeu de seu outro amigo, Roberto, como relata o Fernando Lara em um ótimo texto.

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