"Mesmo com a redução do índice de violência em até 70%, a retirada dos camelôs e a revitalização de várias áreas, o Centro de BH não atrai moradores nem o comércio. Assim, sem o glamour do passado, espaços que poderiam ser de convivência se tornam de solidão, como observou a arquiteta Rachel Couto Almeida na Praça da Estação, em plena sexta-feira." (Jornal Estado de Minas - 8/10/2006. Foto da Pça. Sete, marco do centro de Belo Horizonte).
Parece com uma nota de falecimento. Mas não é. Será?
BRISSAC, em seu livro Paisagens Urbanas, aborda o "olhar tátil", aonde a pessoa não só contempla as coisa - arte, pintura, escultura, arquitetura - como também faz parte dela, toca, adentra, cheira, enfim, sente o lugar, a coisa. E esse olhar é, como diz BRISSAC, "resultante da reciprocidade do vidente e do visível." É um olhar que "apalpa as coisas: estamos no meio do mundo".
Nessa mesma linha, a professora Rita de Cássia Veloso afirma que sem as pessoas, não existe lugar.
Desse modo, a chamada da reportagem é uma nota de falecimento, ou, pelo menos, de socorro.
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