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segunda-feira, 13 de julho de 2009

Linha Verde e Centro Administrativo de Minas Gerais: um bom negócio?


A reportagem acima fala de um dos benefícios que a Linha Verde e o Centro Administrativo de Minas Gerais trarão para a capital mineira.

Serão construidos hotéis, supermercados, edifícios de salas, dentre outros imóveis comerciais. Só um empreendedor investirá R$ 300 milhões de Reais.

Penso que Belo Horizonte deve crescer, principalmente para o Norte. Mas da forma como está crescendo, desordenada e sem planejamento, é arriscado.

Não se ouve falar em investimentos em transporte público para a Região que está sofrendo um adensamento acima da média. O Plano Diretor de Belo Horizonte está (va) em discução, mas a imprensa não noticia mais nada a respeito.

Alguns blogues, além da Crise [!], têm chamado a atenção para a baixa qualidade arquitetural do Centro Administrativo. E não é de hoje que lamento a construção da Linha Verde.

A Linha Verde, bem como o Centro Administrativo, foram construídos sem planejamento, sem estudos sociais, ambientais e econômicos. Econômicos também: a região, em poucos anos, pelo andar da corroagem, desvalorizará mais do que muita gente pensa.

Um senhor, que aguardava, assim como eu, ser atendido no consultório do médico, lendo uma reportagem sobre obras e investimentos em Belo Horizonte comentou que "para as pessoas não se vê nada. Só obra para carro". Os brasileiros não apropriam corretamente o espaço público.

Ainda dá tempo para minimizar os impactos? Cadê os arquitetos urbanistas?

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu não entendo fazer a Linha Verde desse modo, meio aleatório. Todo mundo já sabe o que é o minhocão em São Paulo, a degradação que ele trouxe, a falta de qualidade dos espaços que foram transformados por ele. Não, ninguém liga para a qualidade dos espaços públicos. E, sinceramente, é culpa nossa, dos arquitetos, que estamos progressivamente nos colocando de fora das discussões sobre os rumos das cidades.

Marco Antonio Souza Borges Netto - Marcão disse...

Renata,

Você foi no ponto.

São vários os exemplos de que esse tipo de intervenção urbana não funciona. O que mais gosto é o rio Cheonggyecheon, em Seul (http://revistacrise.blogspot.com/2008/10/recuperao-de-crregos-canalizados.html).

Por isso que vivo perguntando cadê os arquitetos urbanistas.

Abraços.